A
exclusão é sempre um processo especifico de relações
interpessoais e intergrupais de forma material ou simbólica na qual
se faz concreta em casos de segregação e manutenção de uma
distancia topológica. Afastamento do indivíduo(s) da sociedade com
um grupo de perigo para si e os demais que se traduz no processo de
marginalização; afastamento de uma instituição periféricas do
corpo social central; no casos de discriminação negativa através
da restrição do acesso a certo bens, recursos, papéis, status a
um determinada pessoa ou grupo. A psicologia social se destaca nesse
campo ao associar em suas teorias e formulações as pesquisas no
mundo real e as experimentações no laboratório. Ela tenta
compreender, sem privilegiar vieses psicológicos ou sócio
históricos, de modo a perceber e analisar qual o método o qual as
pessoas e grupos que são objetos de distinção são alvos de
distinções socialmente construída. Na tentativa de responder
questões a Psicologia Social elabora modelos teóricos acerca de
dinâmicas psíquicas e processos cognitivos que expliquem e
conceituem as noções de preconceito, estereotipo, discriminação,
identidade social com base em representações sociais e análises de
discursos.
Podemos
analisar primeiramente os processos de exclusão através de
comportamento de extrema aversão, hostilidade como os casos de
linchamento e “pogroms”. Que pode surgir de uma insatisfação
pessoal explicada pela teoria frustração-agressão ou por incitação
politica na justificativa de limpeza moral. A teoria
Frustração-Agressão diz que o impedimento de indivíduos ao
alcance a determinado objetivo ou saciamento de uma necessidade
acentua as motivações hostis e aumenta as tendências agressivas.
Quando a frustração não se pode descarregar no motivo que a causa
por ser muita forte ou mal identificada, ela acaba por ser deslocada
a alvos mais acessíveis e frágeis tal comportamento seria fruto da
aprendizagem observacional dos processos de socialização. Numa
escala coletiva quando grupos são privados de acesso a bens
materiais e simbólicos tendem a transferir sua hostilidade e
discriminar grupos minoritários, temos como exemplo a situação em
populações insatisfeitas com a situações politicas e econômicas
tem maiores probabilidades de nutrir antipatia e altercação com
imigrantes ou camadas pobres frustradas de determinada sociedade
oprimirem as camadas miseráveis. Porem nem sempre a discriminação
vem de forma agressiva e direta pode vim através de uma violência
moral que é a estigmatização e atitudes depreciativas através dos
preconceitos e estereótipos ruins. O preconceito é julgamento sem
exame prévio com base em experiencias anteriores com determinado
elemento dito uma categoria, trata-se de uma dimensão cognitiva na
classe do conteudo e o estereotipo está numa dimensão conotativa da
classe das formas, sendo ligado ao afeto e valores direcionado um
alvo. A exclusão tem seu ponto de partida o processo psicológico de
desumanização em graus, do outro em que todo laço social de
solidariedade é rompido gradativamente o tornando indigno de
qualquer tratamento humano, oque tem como incio aumento de inimizade
ate genocídio. Em situações de conflito os sentimentos e impulsos
negativos moldam a percepção do outro, o descrevendo com perigosos,
carater imoral, monstruoso e detentor de amoralidade. A inclinação
para prejudicar o outro é baseado no senso comum e revanchismo por
se sentir vitima e pressão social. A pressão social se dá quando
um indivíduo toma atitude pelo temor de está indo contra os
princípios e valores do grupo o qual pertence e nessa relação com
o grupo que se encontra a situação incomoda movida por uma
polarização de grupo e ideias. A polarização de grupo é a
tendencia de se alinhar e conversar com quem compartilha de ideias
semelhantes o que acaba por reforçar ainda mais essas ideias
formando assim posições e atitudes mais extremas num grupo
psico-ideologicamente consoante do que desses mesmo indivíduos
separados. Essa escalada de radicalismo pois participantes dos grupos
apresentam opiniões mais extremas para se mostrar com membros
legítimos aquele grupo atestando seu pertencimento. A polarização
de ideias que fortificam de maneira coletiva ideias que convençam a
si e aos integrantes uma definida forma correta de engajamento,
implicação emocional, conduta e atuação assim reforçando a
identidade e alteridade. Pois a imagem que temos de nós está ligada
a imagem que temos dos nossos grupos o que nos conduz a nos
diferenciarmos dos demais, defendermos nossos valores e excluir os
externos.
Apoio
a políticos e personalidades com atitudes politicas e econômicas
conservadoras que agrandem oligarquias vigentes; posições
inflexíveis; etnocentrismo; discriminação contra minorias e
relativização de sua pautas é o que define incia e fundamenta o
Autoritarismo, perspectiva demostrada por escalas de correlação
entre fascismo em potencial e tendência antidemocrática que
predizem manifestações preconceituosas legitimadas por governos
autoritários de direita. Sociedades com educações familiares
autoritária, conservadoras, que utiliza de clichês e estereótipos
para generalizar modelos cognitivos e comportamentais tendem ao
convencionalismo e a postura que deseja a punição daqueles que não
seguem e compactuam dos valores convencionais; disciplina impositiva;
depreciação da fraqueza; recusa ao irracional, repressão e
projeção do negativo no outro; rejeição a alteridade portanto uma
estagnação geral. Determinadas Politicas e sistemas de comunicação
institucionais e midiáticos em culturas altamente competitivas e
individualizadas favorecem a discriminação e enraizamento do
preconceito em estruturas mentais e nas dinâmicas psicológicas
baseadas na justificativa que crer que minorias são ameças aos
valores que fundamentam a sociedade e liga os indivíduos e que a
exclusão desses grupos é a solução. A exclusão corresponde a um
sentimento de incompatibilidade entre os interesses dos indivíduos e
comunidades que ali convivem juntas; o medo da perca de privilégios
e da injustiça possa se abater sobre determinado grupo que
pertencemos; as mudanças que disfarçam a discriminação na
intenção de transparecer um regime mais aberto e sensível logo
esse conjunto mecanismos são uma mudança na expressão do
preconceito é o que denomina-se “racismo simbólico” este
alinhado ao “racismo vergonhoso” que é uma pseudo-adesão de
normas de tolerância é o que constitui as praticas modernas de
segregação. Os mediadores da exclusão são o preconceito e
estereotipo que são processos mentais os quais julgam e inferem
características as pessoas e grupos por pertencerem a uma categoria
social. Esses processos são simplificações da complexidade humana
subjetiva pelo em prol de uma economia cognitiva que se fundam nas
representações socais oriundas dos contextos sócio-históricos,
senso comum e nas imagens construídas que perpassam pelos meios de
comunicação se alimentam do discurso social e sua retórica para
servir as forças de poder de regulação das relações socais assim
podendo controlar as mesmas e gerar ogerizas que liegitimam a
expressão do desprezo e do desmprezo justificando a violencia. A
economia cognitiva vem de agrupar os semelhantes, essa categorização
homogeniza os indivíduos e os retira sua autenticidade. Acentuação
tanto das semelhanças quanto das distinções leva a consequências
dramáticas de percepção característica da desumanização. Para
fugir da exclusão e dos status de marginalizados os oprimidos são
submetidos aos processos de subjetividade dos opressores numa busca
impossivel por igualdade, semelhança e aceitação o que tem como
consequências e efeitos devastadores para auto-imagem, autoestima,
auto-conceito e identidade desses grupos. Em determinados casos
contrariando as normas os indivíduos vitimas de opressão tomam de
suas características uma forma de orgulho, de identidade, de
afirmação de sua cultura, de conscientização de pertencimento a
uma comunidade algo que Guatarri vai denominar como cultura-alma
coletiva. O processo de exclusão é intrinsecamente relacionado com
a moldagem dos imaginários simbólicos populares das sociedades
modernas e deve ser encarado com um problema que deve ser motivo de
investigação e analise para o impedimento da massificação e do
controle das opiniões dos indivíduos e solucionado para uma
possível busca da paz e igualdade.
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