quinta-feira, 4 de julho de 2019

Processos Psicossociais de Exclusão

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A exclusão é sempre um processo especifico de relações interpessoais e intergrupais de forma material ou simbólica na qual se faz concreta em casos de segregação e manutenção de uma distancia topológica. Afastamento do indivíduo(s) da sociedade com um grupo de perigo para si e os demais que se traduz no processo de marginalização; afastamento de uma instituição periféricas do corpo social central; no casos de discriminação negativa através da restrição do acesso a certo bens, recursos, papéis, status a um determinada pessoa ou grupo. A psicologia social se destaca nesse campo ao associar em suas teorias e formulações as pesquisas no mundo real e as experimentações no laboratório. Ela tenta compreender, sem privilegiar vieses psicológicos ou sócio históricos, de modo a perceber e analisar qual o método o qual as pessoas e grupos que são objetos de distinção são alvos de distinções socialmente construída. Na tentativa de responder questões a Psicologia Social elabora modelos teóricos acerca de dinâmicas psíquicas e processos cognitivos que expliquem e conceituem as noções de preconceito, estereotipo, discriminação, identidade social com base em representações sociais e análises de discursos.
Podemos analisar primeiramente os processos de exclusão através de comportamento de extrema aversão, hostilidade como os casos de linchamento e “pogroms”. Que pode surgir de uma insatisfação pessoal explicada pela teoria frustração-agressão ou por incitação politica na justificativa de limpeza moral. A teoria Frustração-Agressão diz que o impedimento de indivíduos ao alcance a determinado objetivo ou saciamento de uma necessidade acentua as motivações hostis e aumenta as tendências agressivas. Quando a frustração não se pode descarregar no motivo que a causa por ser muita forte ou mal identificada, ela acaba por ser deslocada a alvos mais acessíveis e frágeis tal comportamento seria fruto da aprendizagem observacional dos processos de socialização. Numa escala coletiva quando grupos são privados de acesso a bens materiais e simbólicos tendem a transferir sua hostilidade e discriminar grupos minoritários, temos como exemplo a situação em populações insatisfeitas com a situações politicas e econômicas tem maiores probabilidades de nutrir antipatia e altercação com imigrantes ou camadas pobres frustradas de determinada sociedade oprimirem as camadas miseráveis. Porem nem sempre a discriminação vem de forma agressiva e direta pode vim através de uma violência moral que é a estigmatização e atitudes depreciativas através dos preconceitos e estereótipos ruins. O preconceito é julgamento sem exame prévio com base em experiencias anteriores com determinado elemento dito uma categoria, trata-se de uma dimensão cognitiva na classe do conteudo e o estereotipo está numa dimensão conotativa da classe das formas, sendo ligado ao afeto e valores direcionado um alvo. A exclusão tem seu ponto de partida o processo psicológico de desumanização em graus, do outro em que todo laço social de solidariedade é rompido gradativamente o tornando indigno de qualquer tratamento humano, oque tem como incio aumento de inimizade ate genocídio. Em situações de conflito os sentimentos e impulsos negativos moldam a percepção do outro, o descrevendo com perigosos, carater imoral, monstruoso e detentor de amoralidade. A inclinação para prejudicar o outro é baseado no senso comum e revanchismo por se sentir vitima e pressão social. A pressão social se dá quando um indivíduo toma atitude pelo temor de está indo contra os princípios e valores do grupo o qual pertence e nessa relação com o grupo que se encontra a situação incomoda movida por uma polarização de grupo e ideias. A polarização de grupo é a tendencia de se alinhar e conversar com quem compartilha de ideias semelhantes o que acaba por reforçar ainda mais essas ideias formando assim posições e atitudes mais extremas num grupo psico-ideologicamente consoante do que desses mesmo indivíduos separados. Essa escalada de radicalismo pois participantes dos grupos apresentam opiniões mais extremas para se mostrar com membros legítimos aquele grupo atestando seu pertencimento. A polarização de ideias que fortificam de maneira coletiva ideias que convençam a si e aos integrantes uma definida forma correta de engajamento, implicação emocional, conduta e atuação assim reforçando a identidade e alteridade. Pois a imagem que temos de nós está ligada a imagem que temos dos nossos grupos o que nos conduz a nos diferenciarmos dos demais, defendermos nossos valores e excluir os externos.
Apoio a políticos e personalidades com atitudes politicas e econômicas conservadoras que agrandem oligarquias vigentes; posições inflexíveis; etnocentrismo; discriminação contra minorias e relativização de sua pautas é o que define incia e fundamenta o Autoritarismo, perspectiva demostrada por escalas de correlação entre fascismo em potencial e tendência antidemocrática que predizem manifestações preconceituosas legitimadas por governos autoritários de direita. Sociedades com educações familiares autoritária, conservadoras, que utiliza de clichês e estereótipos para generalizar modelos cognitivos e comportamentais tendem ao convencionalismo e a postura que deseja a punição daqueles que não seguem e compactuam dos valores convencionais; disciplina impositiva; depreciação da fraqueza; recusa ao irracional, repressão e projeção do negativo no outro; rejeição a alteridade portanto uma estagnação geral. Determinadas Politicas e sistemas de comunicação institucionais e midiáticos em culturas altamente competitivas e individualizadas favorecem a discriminação e enraizamento do preconceito em estruturas mentais e nas dinâmicas psicológicas baseadas na justificativa que crer que minorias são ameças aos valores que fundamentam a sociedade e liga os indivíduos e que a exclusão desses grupos é a solução. A exclusão corresponde a um sentimento de incompatibilidade entre os interesses dos indivíduos e comunidades que ali convivem juntas; o medo da perca de privilégios e da injustiça possa se abater sobre determinado grupo que pertencemos; as mudanças que disfarçam a discriminação na intenção de transparecer um regime mais aberto e sensível logo esse conjunto mecanismos são uma mudança na expressão do preconceito é o que denomina-se “racismo simbólico” este alinhado ao “racismo vergonhoso” que é uma pseudo-adesão de normas de tolerância é o que constitui as praticas modernas de segregação. Os mediadores da exclusão são o preconceito e estereotipo que são processos mentais os quais julgam e inferem características as pessoas e grupos por pertencerem a uma categoria social. Esses processos são simplificações da complexidade humana subjetiva pelo em prol de uma economia cognitiva que se fundam nas representações socais oriundas dos contextos sócio-históricos, senso comum e nas imagens construídas que perpassam pelos meios de comunicação se alimentam do discurso social e sua retórica para servir as forças de poder de regulação das relações socais assim podendo controlar as mesmas e gerar ogerizas que liegitimam a expressão do desprezo e do desmprezo justificando a violencia. A economia cognitiva vem de agrupar os semelhantes, essa categorização homogeniza os indivíduos e os retira sua autenticidade. Acentuação tanto das semelhanças quanto das distinções leva a consequências dramáticas de percepção característica da desumanização. Para fugir da exclusão e dos status de marginalizados os oprimidos são submetidos aos processos de subjetividade dos opressores numa busca impossivel por igualdade, semelhança e aceitação o que tem como consequências e efeitos devastadores para auto-imagem, autoestima, auto-conceito e identidade desses grupos. Em determinados casos contrariando as normas os indivíduos vitimas de opressão tomam de suas características uma forma de orgulho, de identidade, de afirmação de sua cultura, de conscientização de pertencimento a uma comunidade algo que Guatarri vai denominar como cultura-alma coletiva. O processo de exclusão é intrinsecamente relacionado com a moldagem dos imaginários simbólicos populares das sociedades modernas e deve ser encarado com um problema que deve ser motivo de investigação e analise para o impedimento da massificação e do controle das opiniões dos indivíduos e solucionado para uma possível busca da paz e igualdade.

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